Sexta-feira 13 e lua cheia: entenda o fenômeno e suas superstições
Junção desses dois símbolos provoca fascínio e inquietação ao redor do mundo; entenda o fenômeno e suas superstições
Quando uma sexta-feira 13 coincide com uma noite de lua cheia, o céu parece conspirar com o imaginário popular. Superstições ganham força, crenças ancestrais são relembradas, e até o mais cético pode se pegar desconfiado.
Jason, vilão de "Sexta-Feira 13", completa 79 anos nesta sexta-feira, 13 de junho; SAIBA MAIS
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A junção desses dois símbolos — ambos envoltos em misticismo, histórias sombrias e representações no cinema — provoca fascínio e inquietação ao redor do mundo.
Neste mês de junho de 2025, o calendário irá presentear (ou assombrar, para alguns) com essa coincidência rara.
Enquanto a lua cheia brilha no céu, trazendo à tona velhas lendas sobre lobisomens e forças ocultas, a sexta-feira 13 carrega o histórico de uma data marcada por tragédias, perseguições e más interpretações ao longo dos séculos.
A origem da sexta-feira 13
A má fama da sexta-feira 13 não surgiu por acaso. Historicamente, essa data une dois elementos considerados "de azar": o número 13 e o próprio dia da semana.
Aversão do número 13 é tão comum que tem até nome científico, a triscaidecafobia. Acredita-se que o número quebra o padrão de "completude" do 12 — que aparece nos meses do ano, nas horas do relógio, nos apóstolos e até nos signos do zodíaco.
A sexta-feira, por sua vez, tem peso religioso e histórico. Foi nesse dia que Jesus Cristo teria sido crucificado, logo após a Última Ceia, onde havia 13 pessoas à mesa.
O misticismo da lua cheia
Se a sexta-feira 13 já é cercada de superstição, a lua cheia adiciona ainda mais camadas de simbolismo. Muitas culturas associam essa fase lunar a momentos de culminância energética, fertilidade e transformação.
Há quem acredite que o ciclo afeta o comportamento humano, intensifica emoções e até influencia a natureza — desde o nascimento de bebês até surtos de loucura e agressividade.
E é aqui que entra um dos personagens mais icônicos do folclore mundial, o lobisomem. Criatura metade homem, metade fera, cuja maldição se manifesta sob a luz da lua cheia.
Essa lenda tem raízes profundas no folclore europeu, mas ganhou o mundo e se mantém viva graças ao poder da tradição oral — e, claro, do cinema.
A rara combinação: sexta-feira 13 com lua cheia
Embora ambas as ocorrências sejam comuns separadamente, a união das duas é rara. A última vez que tivemos uma sexta-feira 13 com lua cheia visível no Brasil foi em 13 de setembro de 2019
Esse tipo de evento costuma gerar um aumento de buscas na internet, posts em redes sociais e até ansiedade em parte da população. A superstição é tão forte que muitas pessoas evitam tomar decisões importantes nesse dia — e alguns até relatam medo real, como se a energia negativa fosse inevitável.
Terror nas telas: Jason, lobisomens e o medo coletivo
A cultura pop, claro, ajudou a eternizar o medo em torno dessa data e da lua cheia. O cinema de horror tem na sexta-feira 13 uma de suas datas favoritas — tanto que ela dá nome à clássica franquia “Friday the 13th”, iniciada em 1980.
O vilão Jason Voorhees, com sua máscara de hóquei, virou símbolo do terror slasher e consolidou a sexta-feira 13 como um ícone do medo no imaginário popular.
Já no caso da lua cheia, o destaque vai para os filmes de lobisomens, onde o ciclo lunar desencadeia a transformação monstruosa dos protagonistas. Clássicos como:
- “Um Lobisomem Americano em Londres” (1981),
- “Grito de Horror” (1981),
- “O Lobisomem” (2010)
São exemplos de como o misticismo da lua se traduz em narrativas de horror, angústia e fatalidade.